O bom desempenho da economia portuguesa nos anos mais recentes, deve mais á iniciativa privada do que às políticas públicas. Foi o turismo e o comércio externos que fizeram aumentar o PIB e permitiram a forte recuperação do mercado de trabalho. Para o futuro, o FMI continua a antecipar uma progressão rápida do emprego, maior do que o previsto pelo próprio Governo. É verdade que o emprego é um importante fator de realização pessoal e estabilidade social, mas não posso deixar de concordar com alguns economistas, quando dizem que os resultados recentes do país não são motivo de satisfação. O crescimento do emprego acima do PIB, com a redução do rendimento per capita, sinaliza apenas que estamos a ficar mais pobres, isto é: a trabalhar mais e a ganhar menos!
Se os recursos humanos são excelentes, isto dá que pensar!
Por que razão continuamos a ser coletivamente incapazes de aumentar a produtividade, e, remunerar os trabalhadores em consonância?
Pede-se ao Governo, não a criação de postos de trabalho, mas antes a configuração de um quadro de incentivos propícios ao aumento da produtividade, para que estes criem e distribuam riqueza pelos trabalhadores. Sabemos, pela experiência recente que as empresas e os empresários respondem bem a estímulos. Veja-se a resiliência e a resposta que deram à crise. A julgar pelos resultados, os incentivos parecem continuar fora de sítio;maioritariamente, os empregos criados durante o último ano, são precários, em setores de baixo valor acrescentado, intensivos em mão-de-obra como o turismo, e, fortemente expostos aos humanos da conjuntura internacional. Pelo risco que o tecido produtivo comporta, o crescimento projetado pelo FMI é até muito modesto. Continua a ser superado pela maioria das economias europeias e insuficiente para reduzir o hiato que nos separa da Europa desenvolvida.
Quando vamos ter melhor crescimento?
Boas notícias até 2020? Recentemente, no World Economic Outlook ( WEO), FMI, estimou um crescimento do PIB nacional em 2,4% para 2018, acima da previsão do Governo que é de 2,3%, de acordo com o Programa de Estabilidade e Crescimento 2018/2022. EM termos de tendência, nesse mesmo documento, o Governo estima um crescimento constante anual de 2,3% até 2020, abrandando o ritmo para 2,2% e 2,1% em 2021 e 2022. O FMI, por sua vez, anuncia um abrandamento da economia portuguesa já a partir de 2019, crescendo abaixo dos 2%. A economia é uma ciência social cada vez menos previsível, pois grande parte das variáveis que influenciam o crescimento económico dificilmente são mate -matizáveis, como o progresso tecnológico, a cultura, a legislação, a decisão política ou a moda e os gostos dos consumidores. A este problema acresce o facto de o mundo estar em vias de um maior e acelerado ritmo de mudança dos seus sistemas sociais e económicos.
Ainda assim, são boas notícias, os valores previsíveis de crescimento económico ameaçados pelo Governo ou pelo FMI, e como muitas decisões económicas dos diversos agentes, baseados em expetativas.
A maior divergência de previsões é relativamente ao saldo da balança corrente em que o FMI estima um superavit de 0,2% do PIB em 2018 e um défice de 0,1% do PIB em 2019. Também a nível do desemprego em Portugal, o FMI estima que se situe nos 6,7% em 2019 e 7,3% até ao final de 2018. Para 2020 6,8%, 2021 6,5% e 2022 6,3%.
A conjuntura é favorável no médio prazo e será uma boa altura para continuar a controlar a inflação e proceder a adaptações estruturais.
Se os recursos humanos são excelentes, isto dá que pensar!
Por que razão continuamos a ser coletivamente incapazes de aumentar a produtividade, e, remunerar os trabalhadores em consonância?
Pede-se ao Governo, não a criação de postos de trabalho, mas antes a configuração de um quadro de incentivos propícios ao aumento da produtividade, para que estes criem e distribuam riqueza pelos trabalhadores. Sabemos, pela experiência recente que as empresas e os empresários respondem bem a estímulos. Veja-se a resiliência e a resposta que deram à crise. A julgar pelos resultados, os incentivos parecem continuar fora de sítio;maioritariamente, os empregos criados durante o último ano, são precários, em setores de baixo valor acrescentado, intensivos em mão-de-obra como o turismo, e, fortemente expostos aos humanos da conjuntura internacional. Pelo risco que o tecido produtivo comporta, o crescimento projetado pelo FMI é até muito modesto. Continua a ser superado pela maioria das economias europeias e insuficiente para reduzir o hiato que nos separa da Europa desenvolvida.
Quando vamos ter melhor crescimento?
Boas notícias até 2020? Recentemente, no World Economic Outlook ( WEO), FMI, estimou um crescimento do PIB nacional em 2,4% para 2018, acima da previsão do Governo que é de 2,3%, de acordo com o Programa de Estabilidade e Crescimento 2018/2022. EM termos de tendência, nesse mesmo documento, o Governo estima um crescimento constante anual de 2,3% até 2020, abrandando o ritmo para 2,2% e 2,1% em 2021 e 2022. O FMI, por sua vez, anuncia um abrandamento da economia portuguesa já a partir de 2019, crescendo abaixo dos 2%. A economia é uma ciência social cada vez menos previsível, pois grande parte das variáveis que influenciam o crescimento económico dificilmente são mate -matizáveis, como o progresso tecnológico, a cultura, a legislação, a decisão política ou a moda e os gostos dos consumidores. A este problema acresce o facto de o mundo estar em vias de um maior e acelerado ritmo de mudança dos seus sistemas sociais e económicos.
Ainda assim, são boas notícias, os valores previsíveis de crescimento económico ameaçados pelo Governo ou pelo FMI, e como muitas decisões económicas dos diversos agentes, baseados em expetativas.
A maior divergência de previsões é relativamente ao saldo da balança corrente em que o FMI estima um superavit de 0,2% do PIB em 2018 e um défice de 0,1% do PIB em 2019. Também a nível do desemprego em Portugal, o FMI estima que se situe nos 6,7% em 2019 e 7,3% até ao final de 2018. Para 2020 6,8%, 2021 6,5% e 2022 6,3%.
A conjuntura é favorável no médio prazo e será uma boa altura para continuar a controlar a inflação e proceder a adaptações estruturais.
Sem comentários:
Enviar um comentário