sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

A TERCEIRA VAGA DA INTERNET E A INDÚSTRIA 4.0


Um novo horizonte está a formar-se sobre a atual globalização, sendo já visível o início de ensaios de mudanças do seu habitual espaço e domínio conquistado pelos efeitos de projeções diferentes em novas políticas nacionalistas, sociais, segurança dos cidadãos e bens, assim como protecionismo nas economias.
Em expectável contraciclo, a internet está a movimentar-se com novas fronteiras, com novos desafios a que se chama Terceira Vaga, ou seja, a Internet das Coisas. Com a chamada primeira vaga tivemos a própria construção da internet; já com a segunda vaga tivemos a revolução pelos telemóveis e a economia APP ( das aplicações móveis).
Caminhamos hoje sobre uma exploração ilimitada desta terceira vaga que se traduz numa conectividade universal que permite operar transformações e mudanças em setores-chave das economias por novos paradigmas no mundo, em que cada um de nós participa e é ator principal nessa transformação.
Não deixa de provocar também reflexão, pela dúvida que desencadeia, a continuidade de processos antigos ou atuais, pela instabilidade desta evolução, quer ao nível do comportamento dos consumos pelos cidadãos, quer pelas empresas, instituições e governos nos seus procedimentos.
Por muito distraídos que possamos andar, os avanços tecnológicos com a digitalização e alta automação consequente, com os novos formatos da economia, já transformaram e continuarão a transformar significativamente o nosso estilo de vida, quer individual, quer coletivo.
Se foi definida como terceira vaga pela conectividade total e universal, a internet, de hoje, é usada e aplicada como principal suporte à indústria 4.0, gerando-se ima estreita ligação que vai ser responsável a partir de agora por crescimentos económicos mais notáveis nas economias estruturadas.
Relevarmos novamente aqui o tema indústria 4.0 permite-nos, neste contexto desta ligação, alertar para o que de potencial existe para grades transformações a favor de um crescimento económico mais significativo e ao mesmo tempo em ambiente de sustentabilidade no futuro.
A Indústria 4.0 vai abranger todas as áreas da economia pela criatividade e inovação sistemática, no turismo, serviços, indústria por excelência, assim como todas as atividades híbridas.
 É neste contexto que emerge, como base de crescimentos económicos mais notáveis, e tão desejados, a necessidade de uma estratégia nacional, de dar mais atenção ao fomento das atividades da indústria com a afirmação de aposta em setores seletivos pelo valor que criam, postos de trabalho que fomentam e pelo reforço dos clusters que estão inseridos, ou que podem fazer nascer.
Os serviços são hoje a componente da economia capaz de gerar o efeito de proximidade tanto valorado na estratégia sobre os mercados e que as empresas devem desenvolver e são um braço armado de toda a atividade industrial, em particular dos bens transacionáveis e dos próprios serviços transacionáveis.
Assim, a análise é recíproca, porque até os serviços de alto valor acrescentado se estruturam na indústria moderna e competitiva.
Hoje o enaltecimento do turismo é notável, pelos resultados que estamos a obter. Contudo, não nos podemos esquecer da figura que lhe foi associada que é o surf, cujo coeficiente comportamental é muito sensível, dependendo de variáveis que mudam todos os dias, tanto para o bem como para o mal.
Estrategicamente, para fomentar-mos um crescimento económico mais notável, o fomento daquela ligação é estratégico, embora tenhamos de refletir sobre os resultados quanto ao emprego.
É ponto aceite que a produtividade gerada também é quantificada pelos postos de trabalho que elimina ou reduz. Cabe perguntar?: será esta evolução habitual para as empresas? Claro que não.
Quando uma empresa tem ganhos significativos na sua competitividade, a reação natural é consolidar e expandir os seus mercados, uma vez que, sendo mais competitiva, as vendas sobem e a solicitação é maior e a resposta natural é o aumento da capacidade produtiva em aproveitamento das novas oportunidades geradas.
 É contranatura que quem tenha ganhos de competitividade reduza a sua atividade.
 Pela Internet, podemos fazer hoje combinações estratégicas de alta produtividade pela valorização das competências, independentemente do local onde se encontram com a sua logística. Exemplo, o facto de um grupo ter uma empresa Industrial e de Serviços no México, ter a componente de Engenharia e Projeto em Portugal e, ao mesmo tempo, responder com uma equipa de Investigação & Desenvolvimento a partir da Alemanha. Isto traduz a procura de vantagens competitivas a partir desta ligação, que hoje deve estar na linha de fomento de uma indústria moderna e ganhadora que participará por consequência numa alteração de rumo em direção a um desenvolvimento mais notável em economias estruturadas para crescer.

Sem comentários:

Enviar um comentário