Os direitos ao bem -estar das mulheres acentuam o papel ativo da intervenção feminina na vida social. As mulheres são encaradas por homens e por mulheres, já não como recetores passivos de ajuda para aumento do bem -estar, mas, cada vez mais, como atores intervenientes na mudança, promotores dinâmicos de transformações sociais que podem alterar as vidas , quer dos homens, quer das mulheres. Não se pode ignorar a urgência em corrigir muitas desigualdades que sujeitam as mulheres a um tratamento desigual. Nos movimentos feministas, o ponto de vista do bem -estar da mulher e o da intervenção na vida social, apresentam aspetos substanciais. As carências relativas de bem -estar das mulheres continuam a estar presentes no mundo em que vivemos e são notoriamente importantes para a justiça social, que compreende a justiça para as mulheres. Estudos empíricos recentes mostraram claramente, como o respeito e solicitude relativos ao bem -estar das mulheres são fortemente influenciados por variáveis como a capacidade das mulheres para obterem um rendimento autónomo, para encontrarem trabalho fora de casa, para serem detentoras de direitos e de literacia e para serem participantes instruídos nas decisões dentro e fora da família. A capacidade de obter rendimentos, o papel económico fora da família, literacia, educação e diretos de propriedade têm em comum um contributo positivo para trazer força à voz e à ação das mulheres através da independência e autonomia. Por exemplo, trabalhar fora de casa e ganhar um rendimento independente, tem uma grande influência no reforço do estatuto social de uma mulher no funcionamento da casa e da sociedade. O trabalho exterior da mulher tem úteis efeitos" educacionais", pois a exposição ao mundo exterior e à família torna a ação da mulher mais eficaz. De modo semelhante, a educação da mulher fortalece a sua ação sendo mais competente. Há que reconhecer de que o poder das mulheres, independência económica, emancipação social , pode ter consequências sobre os princípios organizativos no seio da família e na sociedade como um todo, a capacidade das mulheres terem um rendimento independente, implica a correção das iniquidades que minam as vidas e o bem -estar das mulheres perante os homens. Também na evolução dos sistemas de valores e convenções que regem a divisão de recursos dentro da família(a educação e o emprego, são traços sociais cruciais para o bem - estar dos vários membros da família. Por isso a liberdade de procurar e conservar emprego fora de casa pode contribuir para a diminuição das carências relativas e absolutas das mulheres. Há uma estreita ligação entre bem -estar e ação das mulheres na introdução de mudanças no padrão de fertilidade. Assim é natural que ao reforço do estatuto e do poder das mulheres se tenha sucedido a redução das taxas de natalidade. De facto, as mulheres instruídas tendem a ter mais liberdade para exercer a sua ação nas decisões da família, como a fertilidade e os nascimentos. Se prestarmos atenção à atividade económica, a participação das mulheres pode ter diferenças essenciais: a participação económica das mulheres é um contributo essencial para a mudança social, no âmbito do processo de desenvolvimento para muitos países do mundo atual. Nada , provavelmente será hoje tão importante na economia política do desenvolvimento como o necessário reconhecimento da participação e chefia das políticas económicas e sociais das mulheres sendo um aspeto fundamental do" desenvolvimento como liberdade".
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