A Grécia foi o Lehman da Europa. A crise da Zona Euro colocou em perigo a estabilidade global, de tal forma, que desencadeou um desastre económico.O que causou a crise em dominó na Zona Euro? A causa próxima foi semelhante à crise global de 2007 e 2008:"paragens súbitas" no financiamento, não apenas das instituições financeiras, mas nos países da Zona Euro. Esperava-se que a moeda única tornasse a balança de pagamentos irrelevante entre os Estados - membros da Zona Euro. Mas , a maior lição da crise é a de que a balança de pagamentos continua a ter tanta importância no interior de uma união monetária, como no seu exterior. Uma vez que o ajustamento monetário foi eliminado, é de referir que a balança de pagamentos tem ainda mais importância no interior de uma união monetária, do que aquilo que acontece com os países independentes, com moedas flutuantes e com os seus próprios bancos centrais. Uma vez que um país, dentro de uma união monetária, se torne dependente de grandes influxos de capital líquido, uma súbita interrupção neste tipo de fluxos causará uma crise económica. Uma tal crise, será marcada por um choque financeiro, no momento em que o financiamento externo é retirado, e, por uma profunda recessão, quando as importações de que uma economia se tornam dependentes, já não podem ser financiadas.
O imposto de uma crise é também altamente assimétrico: para os países com excedentes é uma inconveniência, quando o valor dos seus direitos financeiros sobre os países deficitários é questionado; mas para os países deficitários é uma questão de vida ou de morte económica, na medida em que o impacto a curto prazo de uma subida retirada do financiamento externo devasta a economia. Assim, antes da crise, enormes fluxos de capital privado, dirigiram -se a um certo número de países do Sul da Europa, e, à Irlanda, sob a forma de dívida bancária. Estes fluxos provieram de países com excesso de poupança e fraca procura de crédito interno com destino a países com uma contínua procura de crédito, que pareciam oferecer retornos superiores e uma segurança mais razoável.
Os países atingidos pela crise foram os que tinham enormes défices da balança corrente em relação ao PIB, antes da crise. Estes enormes défices refletem os fluxos do setor privado para aquilo que erradamente se acreditou que eram oportunidades de retornos mais elevados em economias mais dinâmicas, como o setor da construção em Espanha. Por outro lado, os défices e os excedentes das balanças de pagamentos, explicam- se por um excesso de receita sobre a despesa- ou um excedente de poupança sobre o investimento, nos países excedentários, e o oposto nos países deficitários. É apenas isso, que significa um excedente ou um défice na balança corrente. Os excedentes implicam défices e vice- versa. Também os excedentes e os défices refletem uma forte competitividade nos países excedentários e uma competitividade em declínio nos países deficitários. Estas perdas de competitividade estavam inevitavelmente associadas a mudanças significativas na estrutura das economias: os países excedentários, as indústrias que produzem bens e serviços transacionáveis, em particular a produção industrial orientada para a exportação expandiram -se. Nos países com défices externos, aconteceu o oposto. Não há dúvida, de que a existência da moeda única aumenta significativamente, as hipóteses de crises orçamentais devastadoras. Isso é uma consequência de a mesma taxa de juro servir para todos. O resultado foi uma divergência generalizada no crescimento do crédito, nos ordenados, nos preços e no défice externo, que terminaram numa crise. A crise da zona Euro desencadeou uma enorme crise global. A zona Euro é considerada a segunda maior economia do mundo. É portanto razoável assumir, que o equilíbrio externo é determinado pelo mercado.. Os desequilíbrios internos teem sido muito mais significativos do que os externos.Então, a passagem da Alemanha para um excedente da balança corrente, e a passagem da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha para uma situação de défice foi um acidente? Dificilmente. O que aconteceu? A nível global, os credores são mais poderosos do que os devedores. A Alemanha controla mais ou menos o Banco Central. O desafio imediato que a Zona Euro enfrenta, é o ajustamento: os países vulneráveis necessitam de atingir de novo o equilíbrio interno e externo: contas externas sustentáveis, finanças públicas sustentáveis e pleno emprego. Na Zona Euro, o papel de prestamista de última instância cabe ao BCE. Se o BCE conseguir estabilizar os mercados da dívida pública, os bancos centrais ficarão mais seguros, uma vez que deixa de haver preocupações de insolvência desses mesmos bancos. O BCE está a cumprir parte da sua tarefa, fornecendo cobertura aos estados soberanos. A vantagem de uma maior cobertura formal para os bancos ou para os países soberanos- através do apoio conjunto aos fundos de garantias de depósitos, fundos de apoio, recapitalização bancária, ou mesmo uma medida de emissão de obrigações, impedem uma maior dimensão da crise dos países mais atingidos. O objetivo do BCE está na ajuda á banca grega. A incerteza em torno da Grécia tem afetado o desempenho da dívida de Portugal, Espanha e Itália. O receio dos investidores é que se acontecer a saída da Grécia do Euro, isso teria fortes impactos nesses países. Por isso Draghi diz, que acredita que o BCE tem todas as ferramentas, incluindo, o programa de compra da dívida pública, para combater qualquer contágio que possa afetar a Zona Euro.
Um acordo entre a Grécia e os credores, deve ser entendido como o início de uma nova etapa, a qual exige um tratamento pluridisciplinar da construção europeia, porque o que está em causa é o futuro da União Europeia e da zona Euro, como bloco económico, político e social.
Os países atingidos pela crise foram os que tinham enormes défices da balança corrente em relação ao PIB, antes da crise. Estes enormes défices refletem os fluxos do setor privado para aquilo que erradamente se acreditou que eram oportunidades de retornos mais elevados em economias mais dinâmicas, como o setor da construção em Espanha. Por outro lado, os défices e os excedentes das balanças de pagamentos, explicam- se por um excesso de receita sobre a despesa- ou um excedente de poupança sobre o investimento, nos países excedentários, e o oposto nos países deficitários. É apenas isso, que significa um excedente ou um défice na balança corrente. Os excedentes implicam défices e vice- versa. Também os excedentes e os défices refletem uma forte competitividade nos países excedentários e uma competitividade em declínio nos países deficitários. Estas perdas de competitividade estavam inevitavelmente associadas a mudanças significativas na estrutura das economias: os países excedentários, as indústrias que produzem bens e serviços transacionáveis, em particular a produção industrial orientada para a exportação expandiram -se. Nos países com défices externos, aconteceu o oposto. Não há dúvida, de que a existência da moeda única aumenta significativamente, as hipóteses de crises orçamentais devastadoras. Isso é uma consequência de a mesma taxa de juro servir para todos. O resultado foi uma divergência generalizada no crescimento do crédito, nos ordenados, nos preços e no défice externo, que terminaram numa crise. A crise da zona Euro desencadeou uma enorme crise global. A zona Euro é considerada a segunda maior economia do mundo. É portanto razoável assumir, que o equilíbrio externo é determinado pelo mercado.. Os desequilíbrios internos teem sido muito mais significativos do que os externos.Então, a passagem da Alemanha para um excedente da balança corrente, e a passagem da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha para uma situação de défice foi um acidente? Dificilmente. O que aconteceu? A nível global, os credores são mais poderosos do que os devedores. A Alemanha controla mais ou menos o Banco Central. O desafio imediato que a Zona Euro enfrenta, é o ajustamento: os países vulneráveis necessitam de atingir de novo o equilíbrio interno e externo: contas externas sustentáveis, finanças públicas sustentáveis e pleno emprego. Na Zona Euro, o papel de prestamista de última instância cabe ao BCE. Se o BCE conseguir estabilizar os mercados da dívida pública, os bancos centrais ficarão mais seguros, uma vez que deixa de haver preocupações de insolvência desses mesmos bancos. O BCE está a cumprir parte da sua tarefa, fornecendo cobertura aos estados soberanos. A vantagem de uma maior cobertura formal para os bancos ou para os países soberanos- através do apoio conjunto aos fundos de garantias de depósitos, fundos de apoio, recapitalização bancária, ou mesmo uma medida de emissão de obrigações, impedem uma maior dimensão da crise dos países mais atingidos. O objetivo do BCE está na ajuda á banca grega. A incerteza em torno da Grécia tem afetado o desempenho da dívida de Portugal, Espanha e Itália. O receio dos investidores é que se acontecer a saída da Grécia do Euro, isso teria fortes impactos nesses países. Por isso Draghi diz, que acredita que o BCE tem todas as ferramentas, incluindo, o programa de compra da dívida pública, para combater qualquer contágio que possa afetar a Zona Euro.
Um acordo entre a Grécia e os credores, deve ser entendido como o início de uma nova etapa, a qual exige um tratamento pluridisciplinar da construção europeia, porque o que está em causa é o futuro da União Europeia e da zona Euro, como bloco económico, político e social.
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