A grande fonte de preocupações atual resulta das alterações climáticas. Há uma geração, os especialistas ambientais, interrogavam-se, se o planeta seria capaz de alimentar, mais de mais de 7 mil milhões em 2020, se as reservas de petróleo poderiam estar a acabar, Estavam preocupados com as ameaças à biodiversidade e aos diferentes ecossistemas, com a camada de ozono etc. Estavam também preocupados com o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, resultantes da atividade humana, e, as possíveis consequências no aquecimento global. As alterações climáticas, estão no centro das preocupações. As razões são muitas. Há trinta anos havia já um sem-número de evidências científicas que suportavam a ideia de que o planeta estava a aquecer, e que esse aquecimento estava decerto associado à subida dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. A população, em geral, começou a ter consciência do problema. De 2005 a 2020 tudo mudou .Os governos por esse mundo fora, perceberam que os argumentos económicos para combater as alterações climáticas, começaram a ganhar força. As atitudes dos consumidores, mudaram com as pessoas a exigir produtos com menos impacto ambiental e empresas com melhores práticas ecológicas Os avanços tecnológicos permitiram que as empresas não fossem apenas ao encontro das exigências dos governos, e, dos consumidores mas que lucrassem bastante com isso. Por fim, a pandemia do Covid, veio acelerar as tendências que se encontrassem em curso. O ponto essencial era que existiam fortes razões financeiras para os governos do mundo inteiro., tentarem abrandar as alterações climáticas; razões que se sobrepunham aos imperativos morais e ambientais. Os países precisavam de agir depressa , porque era mais barato transformarem a sua economia do que pagarem o preço das consequências das alterações climáticas. Apelar ao interesse tende a revelar-se mais eficaz do que apelar ao altruísmo,. e embora algumas estimativas do relatório, tenham sido postas em causa, as suas conclusões foram realmente aceites pela comunidade internacional- O relatório abriu caminho ao Acordo de Paris, assinado em 2015, por 107 países, com vista à redução da emissão da emissão de gases com efeito de estufa. Inevitavelmente, quer a assinatura do acordo, quer à posteriori a decisão dos Estados Unidos, de se desvincular do compromisso assumido, foram alvo de controvérsia. O Acordo de Paris, em termos de consciência global, colocou o debate sobre as alterações climáticas, noutro nível de importância. Também ajudou a maneira como os consumidores comuns gastam e investem o seu dinheiro. Greta Thunberg foi a figura mais importante no reposicionamento da consciência dos consumidores, acerca da sua pegada ecológica.. O que é preciso sublinhar, é que Greta Thunberg conseguiu o que ninguém conseguiria: encorajou os jovens do mundo inteiro a pressionarem as gerações mais velhas, responsabilizando-as pelas alterações climáticas. Antes do discurso na ONU, as mais bem cotadas empresas do mundo desenvolvido, já tinham assinado judicialmente o apoio a políticas mais antigas do ambiente. Isto mudou o discurso dos políticos, marginalizando quem falava contra Greta, mas também teve um impacto profundo no mundo empresarial. As empresas que não seguiam boas práticas, depressa começaram a perder clientes e investidores. Os investidores começaram a evitar as empresas com padrões ambientais baixos. Para os vencedores, as empresas que se puseram do lado certo do sentimento dos investidores, as recompensas foram enormes. As pessoas que investiram em empresas ambientalmente responsáveis também se saíram bem. Estas empresas prosperaram graças aos avanços tecnológicos. Tais progressos permitiram criar produtos e serviços sofisticados que os consumidores desejam, sem impor um fardo pesado no ambiente. Muitas empresas vencedoras são americanas tais como a Apple. Microsoft,, Facebook, Netflix . Em termos gerais, estas empresas beneficiaram das mudanças de consumo. Imprimir um jornal implica abater árvores e transportar milhares de exemplares impressos. Publicar as notícias on line não tem nenhum destes pontos negativos. Entre os muitos vencedores no setor da alta tecnologia, destaca-se a Tesla. No futuro, a produção de veículos, com motor de combustão interna, será residual e, poucos serão os que ainda continuarão a circular nas estradas., As tecnologias que tornaram isto possível, evoluíram bastante, diminuindo o custo das baterias, do armazenamento e eletricidade e da produção energética a partir de fontes renováveis. Isto criou uma oportunidade comercial, não só para descarbonizar a indústria automóvel, mas também outras partes de economia mundial. As preocupações ambientais passaram a ocupar um lugar central nas nossas vidas. Vale a pena lembrar que as alterações climáticas têm também um profundo impacto em tudo o que diz respeito ao ambiente e aos recursos naturais. Poderão as megacidades do futuro funcionar sem destruir o ambiente?
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