domingo, 23 de março de 2025

OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS

Nos últimos trinta anos a tecnologia evoluiu a um ritmo impressionante. Na maioria do mundo desenvolvido nenhum destes novos produtos e serviços- primeiro a internet depois o Iphone, o Facebook e milhões de outras aplicações melhoraram significativamente os padrões de vida. Será possível? Se olharmos para trás, verificamos que todos os produtos de rápida evolução tecnológica elevaram, evolução tecnológica, elevaram os padrões de vida da maioria das pessoas. É  assim desde  a Revolução Industrial. Houve, quem perdesse o empego e várias consequências para a saúde e ambiente Mas, no geral, os padrões de vida nos países desenvolvidos subiram regularmente desde o início do século XIX, ,Seria de esperar que continuasse assim, dado a um sem número de tecnologias marcadas nos últimos trinta anos.. As estatísticas, porém ,dizem o contrário. A situação da Europa é mais variada mas as coisas não mudaram muito, desde 2007.  No geral, a vida corre bem para quem ocupa o topo da pirâmide social, e as pessoas na base têm o seu padrão de vida protegido, na maioria dos países desenvolvidos. Quando existem produtos ou serviços amplamente utilizados e conhecidos, os custos de forma expressiva ou desaparecem, No entanto, existem outros serviços proporcionados pela revolução digital nos quais se torna impossível fazer estas contas. Qual é o valor que deveríamos atribuir às redes sociais? Desde 2021, quase 60% da população uma conta numa rede social. O serviço é gratuito para quase todos os utilizadores e os anúncios que os financiam provêm dos orçamentos que seriam tradicionalmente alocados a outros meios de comunicação social. Por isso,, esta revolução gigantesca não entra nas contas quando avaliamos a evolução dos padrões de vida. Isto coloca um enorme desafio a quem tenta perceber como é que a tecnologia poderá mudar o mundo para geração seguinte. O que todos percebemos é que a combinação de duas tecnologias, a inteligência artificial e as grandes bases de dados, têm um potencial enorme para aumentar a eficiência da indústria de serviços.. A capacidade com que hoje recolhemos e armazenamos informações seria impensável para a geração anterior, mas certo é que a humanidade nunca seria capaz de usar nem de aprender com tamanha quantidade de dados de forma eficiente. É aqui que entra a Inteligência Artificial disponível desde os anos 60. Isto é importante porque existe uma necessidade absoluta de aumentarmos a eficiência da indústria de serviços que se tem revelado muito difícil. No entanto, a produtividade desta indústria , pouco ou nada aumentou, ao contrário da manufatura, cuja eficiência tem melhorado regularmente. Não é difícil perceber porquê. Podemos automatizar uma fábrica, mas não um hospital. A produção em massa foi o grande motor do aumento dos padrões de vida no século XX, e os fabricantes produzem os seus produtos quase idênticos, de uma forma rigorosamente controlada e num único local .Os serviços por sua vez, são oferecidos à medida do cliente e em múltiplas localizações. Uma consulta médica, uma aula de música de uma criança, ou a elaboração de um plano de reformas, requerem uma intervenção humana que certifica que os serviços prestados cobrem as necessidades de quem os requisita, Por isso, temos de encontrar uma maneira de pôr o extraordinário avanço tecnológico da IA  a fazer pelos serviços, o que a linha de montagem fez pela produção industrial. Poderá 0 mundo desenvolvido tornar-se mais desigual à conta dos avanços tecnológicos ? Em termos globais, a desigualdade, tenderá a decair nos próximos anos. Isto dever-se-á ao crescimento económico dos países mais atrasados, resultante da transferência de tecnologia. O diluir de diferenças entre países poderá ocorrer a par de um aumento de desigualdades a nível interno, É o que tem acontecido desde o início dos anos 90 na maior parte do mundo desenvolvido, não só a nível do rendimento médio, mas especialmente no acumular de riqueza, também evidente  na maioria dos países emergentes. É uma consequência da tecnologia? Deverá ser. em parte, porque é bastante obvio que muitos empregos ao nível da produção e nos cargos de gestão intermédia deixaram de ser necessários. As duas crises económicas do século XXI, uma desencadeada pela queda de vários bancos, em 2008, outra pela pandemia do Covid, destruíram alguma riqueza, mas nada na escala de uma guerra mundial. A economia mundial recuperou rapidamente da crise bancária, tudo indica que as cicatrizes da pandemia permitem sarar  com igual agilidade. Estas duas crises não atenuaram as desigualdades no rendimento médio e na riqueza acumulada. O que estas duas crises fizeram de facto, no mundo desenvolvido, foi deixar as pessoas mais preocupadas com a injustiça do sistema, ou seja com as economias de mercado distribuem as suas recompensas, As famílias que estavam financeiramente bem, estão cada vez melhor e as que não estavam têm cada vez mais dificuldades. Mas o aumento das desigualdades, no mundo desenvolvido, tem ainda um fator: a mudança na maneira como escolhemos os nossos parceiros românticos, o que em parte, causadas pelo uso da tecnologia.. Podemos recuar aos anos 80 e perceber que os jovens, começaram a exibir uma tendência para escolher os seus parceiros de vida entre quem exibe níveis de educação ou de rendimentos idênticos. Este fenómeno "acasalamento seletivo" que parece ter aumentado com o namoro "on line". É importante perceber que a tecnologia produz consequências económicas e sociais complexas, que se estendem muito além da criação e destruição de certas profissões. Neste momento, estamos preocupados em perceber até que ponto a tecnologia mudou o acesso às noticias e a nossa capacidade e entendermos o dilema das "fake news". A saúde é outra área onde a tecnologia poderá mudar tudo. No início de 2021, ainda no rescaldo da pandemia de Covid, é fácil prever que o esforço global para a criação de uma vacina trará outros avanços. Poderá a engenhosidade humana revelar-se tão eficiente contra as infeções virais como tem sido, até ao momento, contra as infeções bacterianas.? Ou talvez, o resultado seja muito mais negativo e a humanidade esteja condenada a travar uma guerra interminável contra vírus e bactérias que evoluem mais depressa que a capacidade de os conter. Terrámos de confiar mais, a nossa saúde aos bons hábitos de higiene, a prática de exercício físico à boa alimentação etc. A esperança média de vida encontrar-se-ia, na melhor das hipóteses. numa fase estacionária ou poderia até recuar. A ciência agrícola encontra-se focada no aumento da produtividade ena resistência às colheitas. nomeadamente em condições adversas Graças a esses esforços temos sido capazes de limitar o uso de terras para a exploração agrícola de proporcionar o uso de terras para a exploração agrícola e proporcionar uma dieta mais equilibrada às populações co condições de vida mais desvantajosas . Se as possibilidades na agricultura, estão razoavelmente à vista, as coisas são menos evidentes na indústria. A dúvida  é se alguns dos nossos atuais processos industriais, poderá ser transformado pela biologia. Poderá a revolução do plástico, com todos os benefícios e custos ambientais, estar a acabar? Não precisamos de dizer às pessoas para não usarem sacos de plástico, porque teriam sido substituídos por uma alternativa biológica melhor e mais barata. Mas a questão é um pouco mais ampla, Talvez a indústria deixe de fazer coisas de metal e plástico e passe a produzi-las com materiais naturais e biodegradáveis. O nível de vida dos países desenvolvidos tem melhorado, mas muito devagar. O principal desafio tem sido obtermos ganhos de produtividade tão imediatos na indústria de serviços  como conseguimos na indústria transformadora. Um dos desafios de quem tenta prever o avanço da tecnologia é exatamente a quantidade de vezes que as previsões falharam no passado. Algumas tecnologias avançaram, outras ficaram paradas. Existem algumas tecnologias que só descobrimos que fazem falta, quando surgem, como foi o caso do IPHONE  e do IPAD.  É provável que tenhamos avanços no campo da tecnologia médica, como diagnósticos e tratamentos que reduzirão as despesas de saúde e permitirão que as pessoas vivam mais e melhor. O que mudará as nossas vidas é a forma como a tecnologia pode ajudar a resolver problemas globais práticos.